segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O tal sonho


Partiu
Lançou-se
Foi dar pulos ao fundo do vento
Jogou-se nas pedras do tempo
E agora anda no brincar do balanço que ainda
Carrega em seus dias, nos seus vaivéns.
Tem o cheiro do pôr do sol frio em suas mãos
E tem buscado caminhar levemente pelo cinza da cidade
O tal sonho da menina rio, da menina da beira do rio, era somente existir além dos quadrados.
A menina miúda, de cachos soltos,  tinha o tal sonho nas palavras que nascia enquanto via o mundo da sua janela , e ele era enorme!!!!
Da janela caía as mais belas chuvas, e no seu canto preferido nas tardes chuvosas, ter os pés e mãos na chuva, era ser, mesmo que passageira o tal sonho.
Mas a roda girou, quebrou, e na janela já não cabia o mundo.
O sopro do desejo varreu tudo, sem palpitar, sem parar para respirar.
 E nem o colo do amor conseguiu, por entre suas pernas, guardar olhos já tão distantes.
Dai o tal sonho, da menina que via o mundo pela janela,
Resolveu ser ele mesmo o mundo e sem pestanejar
Lançou-se... E anda solto por ai...

Nanda.

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