quinta-feira, 19 de maio de 2011

Um passado sem data e sem título.

Mais silêncio
Para mais fala,
Para mais silêncio.

Para o rancor que não cala.

Desamor,
Covardia, 
Coragem...

Tudo se perde,
Numa explicação inexistente.

Tão estúpida é a situação
que nem tem rima.

nani.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ainda ela.


… e era uma chama,
uma chamazinha acesa
no fundo do buraco
onde a Alice nunca entrou.

A chama se consumia
fungindo de si mesma,
ao mesmo tempo em que
fugia para si mesma.

No desespero prá se salvar
a chamazinha começou a chorar.
Seu choro esparramou-se pelo chão;
o chão fundo ela encheu;
e no seu choro,
a chamazinha se apagou.

E de lá,
onde o fundo do chão
nunca chegou,
a chamazinha chama:
- Musas! Estou aqui. Venham se apresentar!




Nani,
para Nanda.

Para ela.

Rasgada, desnuda
bravou seu peito
ao mundo e revelou
seus medos

Por dentro, bate um ferro cravado
Nas veias carrega a força, os desejos

Em pequenos pedaços
estilhaça sua pele ao vento
como se gritasse sua existência
cada fio de cabelo carrega um dia,
um passado

E ela  geme para a noite
refugiando em seus delírios
o que passou

 O que sobrou nela não é somente a dor
há amor, uma casa com plantas, cantos de
pássaros solitários

Nas paredes amarelas brilham as doçuras das lembranças
nas palavras de Vinícios  "que seja eterno enquanto dure, posto
que ainda é chama" .

nanda
p/ nane