Não espero nada dos outros, tampouco de mim,
Não pedi para nascer, e vou ter um fim,
Solilóquios comigo mesmo, como um Anarca,
Ó viver, tarefa árdua...como uma eterna ressaca.
Na trilha de Jünger, Mäinlander e Cioran,
Conviver, dialogar... tornou-se um vazio afã,
Tento louvar a vida, mas a vida não se afirma,
O Nada se esparrama, de baixo a cima.
Sigo meus passos, pleno de vazio,
A acédia perpassa-me, como um rio,
Espraiando-se em um desejo de nada desejar...
Marcelo Primo
Projetos de vida cheiram a non-sense,
Abdico, já que nada a mim pertence,
Como um lobo da estepe, só me resta vagar...
Poema do meu amigo Marcelo Primo. Uma mistura de beat com soneto.
ResponderExcluirMuito peculiar.
nani